Educação precisa encontrar um novo caminho
- drcarloseduardoama
- 29 de mar. de 2022
- 2 min de leitura

Nossas escolas deixaram de ser eficazes! As últimas notícias sobre a performance do sistema de ensino no Brasil são alarmantes.
O número de crianças de 6 e 7 anos que ainda não sabem ler ou escrever cresceu absurdamente na pandemia e muitos alunos estão concluindo o Ensino Médio sem sequer saber como resolver uma equação simples de 1º grau ou interpretar dados estatísticos.
Vale ressaltar que estamos mencionando aqui competências que deveriam ser tratadas como fundamentais. O que nos leva a uma questão mais complexa: como pensar em um futuro promissor para nossos jovens e nosso país sem que haja uma educação condizente com os desafios atuais?
Hoje, estamos todos vivendo em um ambiente de transformação contínua, cada vez mais competitivo e complexo, onde a força de trabalho está sendo automatizada mais rapidamente do que o esperado.
Qual será a realidade do mercado de trabalho em 2030, 2040, 2050? A educação que é oferecida atualmente está alinhada com as novas exigências ou perspectivas de um cenário mais informatizado dia após dia?
Calcula-se que, já em 2025, o pensamento analítico, a criatividade e flexibilidade estarão entre as habilidades necessárias para um jovem ser bem sucedido, sem esquecer de mencionar que precisarão estar aptos a ter inteligência emocional também.
Diante deste cenário que se descortina bem diante dos nossos olhos, é fato que precisamos estabelecer novos paradigmas para a educação no Brasil. Não podemos esperar mais. Investir na priorização da educação básica, desde a creche até o Ensino Médio, é uma necessidade urgente.
Minha visão pessoal, baseado no que tenho estudado, é que há uma ausência de foco no resultado final, no tipo e qualidade do conhecimento que deve ser entregue à sociedade pelo sistema educacional. Então, qual seria esse resultado final? De imediato, o aluno com aproveitamento e bom desempenho nos testes avaliativos ao final do Ensino Médio. E, em médio e longo prazo, a inclusão de novas competências no currículo escolar.
O Brasil, seguindo o sistema cartorial português, foca no meio e não no fim. Preocupa em quanto vai gastar, quanto vai pagar ao professor, qual cartilha vai adotar, qual ideologia quer passar e etc. Só não passa escolarização de forma eficaz!
Não podemos cair na tentação de defender que dinheiro é qualidade, que obrigar a gastar vai trazer excelência. Se fosse assim, teríamos que ter tido melhoria considerável na educação nos últimos anos, pois os investimentos aumentaram muito nas últimas duas décadas.
Como fazer então para alcançarmos o patamar desejável?
A solução passa, sem dúvida, pela priorização da educação básica, desde a creche até o Ensino Médio, com gestão profissional na direção das escolas. Valorização e aprimoramento da carreira docente, com plano de carreira e base curricular orientada para a prática de ensinar e remuneração proporcional ao desempenho. Quem entrega melhores alunos, recebe mais.
E mais: programa de bolsas em escolas particulares para alunos do ensino público, expansão do ensino técnico e profissionalizante, além de universidades com gestão moderna, estabelecimento de parcerias privadas e com fontes de financiamento alternativas como a possibilidade de lucros com a pesquisa, tanto para a instituição quanto para o pesquisador.
Assim teremos a Educação dos nossos sonhos. E, não precisaremos mais nos envergonhar com índices vexaminosos em nosso sistema educacional.






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