Dr Carlos Eduardo Amaral analisa a variante Ômicron – Impactos e riscos.
- drcarloseduardoama
- 7 de dez. de 2021
- 2 min de leitura

Na semana de 26/11/2021 tivemos a notificação pela OMS de uma nova variante do SARS-COV 2 da cêpa B.1.1.529 que foi denominada variante Ômicron. Seus primeiros casos foram identificados em Botsuana e isolados em Hong-Kong, tendo sua origem, crescimento e publicidade na África do Sul. Embora ainda se saiba muito pouco, algumas informações já começam a circular. Inicialmente lidamos com uma variante com um número grande de mutações (50), sendo 30 na proteína Spike, o que pode estar relacionado com o aumento da transmissão e com a redução da eficácia das vacinas.
Em relação às mutações, pesquisadores realizam testes em busca de algumas informações sobre a suscetibilidade aos anticorpos vacinais. Nesse contexto, de avaliação e estudo, vemos relatos de surtos, sugerindo alta transmissão, mas sem elevação nos índices de mortalidade, até o momento, o que nos enche de esperança.
Em revisão de artigos e notificações publicados entre 01 e 07 de dezembro de 2021, vemos que as informações ainda permanecem vagas. Vários grupos de pesquisadores estão estudando a nova variante. Os principais dados extraídos dessas publicações, nesse periodo, remetem a uma grande transmissibilidade do variante Ômicron, mas ainda com baixa letalidade (mortes pela doença).
Vários contaminados pela variante foram vacinados, mas esse dado deve ser avaliado com cuidado e parcimônia, uma vez que todos os estudos das vacinas não evidenciavam uma proteção total, havendo, assim, pessoas que, mesmo vacinadas, não estavam protegidas. Vários estudos estão sendo realizados quanto à possibilidade da terceira dose promover uma eficácia maior da vacina, inclusive para a variante. Um dado que temos que acompanhar com atenção e cuidado, para não tirarmos falsas conclusões, é a quantidade de pessoas vacinadas. Países com alto nível de vacinação, como o Brasil e os europeus, terão pessoas vacinadas infectadas pela variante em numero maior que os não vacinados. Esse achado não pode levar à conclusão que a vacina não protege, mas sim à diferença gritante no numero de pessoas entre os não vacinados e os vacinados fazendo com que seja mais fácil encontrar vacinados com imunidade parcial do que os não vacinados. Para corroborar com essa afirmativa, basta ver o percentual de doentes graves em cada grupo, o que é muito maior nos não vacinados.
No Brasil - Nessa semana (01-07/12/2021) tivemos a confirmação de que a variante já está circulando em território nacional. Foram confirmados 6 casos até o dia 3 de dezembro de 2021 nos estados de São Paulo (3), Distrito Federal (2) e Rio Grande do Sul (1). Em investigação existem no Rio Grande do Sul (3) e no Distrito Federal (6).
Em relação à vacinação temos 314 MI doses aplicadas com 140MI pessoas imunizadas com duas doses.
Diante de tantas incertezas, todo cuidado é pouco. Manter os cuidados com higiene e o distanciamento são importantes e a vacinação é fundamental.
Via: Dr Carlos Eduardo Amaral
Política, medicina e opinião.






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